Entenda a pseudoartrose: Causas, sintomas e tratamentos
A pseudoartrose é uma complicação ortopédica que pode ocorrer após fraturas, especialmente quando a consolidação óssea não acontece de forma adequada. Essa condição pode comprometer a mobilidade, causar dor crônica e exigir tratamentos específicos, que vão desde abordagens conservadoras até cirurgias complexas.
Neste artigo, você vai entender o que é a pseudoartrose, suas principais causas, sintomas e os tratamentos atualmente disponíveis.
Continue a leitura para saber como identificar os sinais de alerta e quando procurar um especialista.
O que é pseudoartrose?
A pseudoartrose é uma condição que acontece quando um
osso fraturado não cicatriza como deveria, mesmo após um tempo considerado adequado para a consolidação, geralmente de
6 a 9 meses. Em vez de formar um osso sólido, o organismo desenvolve um
tecido fibroso ou cartilaginoso no local da fratura, o que impede a recuperação completa e pode causar dor, instabilidade e perda de função. O termo “pseudoartrose” vem da junção de “pseudo” (falso) e “artrose” (articulação), porque essa falha na cicatrização se comporta como uma articulação que não deveria existir ali.
Esse quadro pode afetar qualquer osso do corpo, mas é
mais comum nos ossos longos, como o fêmur, a tíbia e o úmero, mas pode acontecer também na coluna. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações.
Principais causas da pseudoartrose
Diversos fatores podem interferir no processo de cicatrização óssea e levar à pseudoartrose. As causas mais comuns incluem:
- Mobilização inadequada da fratura (falta de estabilização)
- Infecção local (osteomielite)
- Problemas de vascularização no local da fratura
- Tabagismo (compromete a oxigenação dos tecidos)
- Uso prolongado de anti-inflamatórios
- Doenças metabólicas como diabetes e osteoporose
- Deficiência nutricional, especialmente falta de vitamina D e cálcio
- Falhas técnicas durante cirurgias ortopédicas prévias
Em pacientes com
fraturas expostas ou politraumatismos, o risco de desenvolver pseudoartrose é ainda maior.
Diferenças entre os tipos de pseudoartrose
A pseudoartrose pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da resposta do organismo à fratura e das condições locais do osso. Quando há pouca ou nenhuma formação de calo ósseo e as extremidades ósseas estão finas, endurecidas e sem sinais de vascularização, falamos em
pseudoartrose atrófica. Nesses casos, o osso não apresenta sinais de tentativa de cicatrização, e o tratamento costuma exigir abordagens mais complexas, como enxerto ósseo ou uso de fatores de crescimento.
Já na
pseudoartrose hipertrófica, o corpo tenta formar o calo ósseo, mas não consegue estabilizar a fratura. Isso gera um acúmulo de tecido ao redor da área fraturada, visível em exames de imagem, mas sem a união efetiva entre as extremidades. Nessa situação, a solução está na correção da instabilidade mecânica.
Existe também a
pseudoartrose infectada, uma condição mais grave, em que há presença de infecção crônica associada à falha de consolidação. O paciente pode apresentar dor intensa, vermelhidão, calor local, secreção purulenta e febre. Nesse caso, o tratamento deve envolver o controle da infecção antes de qualquer tentativa de reconstrução óssea.
Quais são os sintomas da pseudoartrose?
Os sintomas da pseudoartrose costumam
surgir com o passar dos meses, principalmente quando se esperava uma recuperação já consolidada. Os sinais mais comuns incluem:
- Dor persistente no local da fratura
- Sensação de instabilidade ou mobilidade anormal do osso
- Dificuldade para apoiar ou movimentar o membro afetado
- Inchaço ou deformidade
- Falta de ganho de força ou funcionalidade
- Presença de secreção ou sinais de infecção (nos casos infectados)
É importante destacar que em muitos casos o paciente acredita que está em recuperação, mas a
falta de evolução funcional pode indicar a presença de pseudoartrose.
Como é feito o diagnóstico da pseudoartrose?
O diagnóstico da pseudoartrose é feito por meio de
avaliação clínica e exames de imagem. O ortopedista irá analisar os sintomas, o histórico da fratura e o tempo decorrido desde o trauma. Os principais exames utilizados são:
- Radiografia simples
Revela falha na formação do calo ósseo
Indica alterações como esclerose ou falha de alinhamento
- Tomografia computadorizada
Permite avaliação detalhada das extremidades ósseas
Esclarece dúvidas sobre a presença ou não de consolidação
- Ressonância magnética
Pode ser útil em casos de pseudoartrose infecciosa ou quando há dúvida sobre a viabilidade óssea
- Exames laboratoriais
Nos casos infectados, exames como hemograma, PCR e cultura ajudam a identificar a presença de bactérias
Quais os riscos de não tratar?
Ignorar a pseudoartrose pode trazer consequências sérias. Com o passar do tempo,
a dor tende a se intensificar e a funcionalidade do membro afetado diminui. A falta de tratamento adequado pode levar ao encurtamento do osso, limitação de movimentos, instabilidade crônica e degeneração das articulações próximas.
Em alguns casos, a infecção pode se tornar crônica e comprometer outras estruturas. Além disso, a condição
afeta diretamente a qualidade de vida do paciente, que pode perder autonomia e se sentir emocionalmente abalado por não conseguir retomar suas atividades cotidianas.
Como é o tratamento da pseudoartrose?
O tratamento da pseudoartrose depende do tipo, da localização e das condições gerais do paciente. Os principais objetivos são
controlar a dor, restaurar a estabilidade óssea e permitir o retorno das atividades diárias. As opções incluem:
Tratamento conservador (casos selecionados)
Em situações específicas, principalmente nos casos de
pseudoartrose hipertrófica com boa vascularização, pode-se tentar métodos conservadores. Isso inclui correção de:
- Deficiências nutricionais (vitamina D, cálcio, proteína)
- Interrupção de hábitos prejudiciais (tabagismo, uso de antiinflamatórios)
Além de fazer:
- Ajuste no uso de medicamentos
- Estimulação óssea com aparelhos de ultrassom ou campo eletromagnético (em casos de pseudoartrose hipertrófica e estável)
Tratamento cirúrgico
Em grande parte dos casos, a intervenção cirúrgica é necessária. As técnicas envolvem:
- Estabilização interna com placas, parafusos ou hastes
- Enxerto ósseo autólogo (retirado do próprio paciente) ou alogênico (banco de ossos), podendo ser combinados com biomateriais e substâncias bioativas que estimulam a regeneração óssea.
- Cirurgias reconstrutivas nos casos mais graves
Nos casos infectados, a cirurgia é combinada com antibioticoterapia prolongada e remoção de tecidos comprometidos.
E depois da cirurgia?
O pós-operatório da pseudoartrose costuma ser mais cuidadoso do que o de fraturas comuns. Em geral, é necessário um período de
imobilização, seguido por
reabilitação intensiva com fisioterapia para recuperar força, mobilidade e funcionalidade.
A recuperação também depende do engajamento do paciente: seguir corretamente as orientações médicas, manter uma alimentação adequada e comparecer às consultas de acompanhamento
são atitudes fundamentais
para o sucesso do tratamento.
Como prevenir a pseudoartrose?
Nem sempre é possível evitar a pseudoartrose, mas algumas medidas ajudam a
reduzir o risco:
- Seguir corretamente o tratamento de fraturas
- Evitar sobrecargas ou movimentos excessivos no período de consolidação
- Abandonar o hábito de fumar
- Corrigir deficiências nutricionais
- Tratar doenças crônicas associadas
- Realizar acompanhamento adequado com ortopedista
Essas ações
aumentam as chances de cicatrização adequada e reduzem o risco de complicações a longo prazo.
Dúvidas frequentes sobre pseudoartrose
O que é pseudoartrose?
Pseudoartrose é a falha na consolidação de uma fratura óssea após o tempo esperado de cicatrização, formando uma “falsa articulação” entre os fragmentos do osso.
Quais são os tipos de pseudoartrose?
Os principais tipos são: atrófica (sem sinais de cicatrização), hipertrófica (com formação de calo ósseo insuficiente) e pseudoartrose infectada.
Quanto tempo é considerado pseudoartrose?
Em geral, quando uma fratura não cicatriza após 6 a 9 meses, mesmo com tratamento adequado, ela pode ser considerada uma pseudoartrose.
O que pode causar uma pseudoartrose?
As causas incluem fraturas graves, má irrigação sanguínea, infecções, movimentação excessiva da área fraturada e uso inadequado de medicamentos como anti-inflamatórios.
Quais são os sinais de pseudoartrose?
Dor persistente no local da fratura, mobilidade anormal, ausência de consolidação nos exames de imagem e dificuldade para apoiar ou movimentar a região.
É possível pseudoartrose no dedo?
Sim, embora seja mais comum em ossos longos, dedos também podem apresentar pseudoartrose, especialmente após traumas mal cicatrizados ou cirurgias sem estabilização adequada.
O que significa pseudoartrose infectada?
É quando a área da fratura apresenta infecção ativa, dificultando ainda mais a cicatrização óssea e exigindo tratamento específico com antibióticos e cirurgia.
Como tratar a pseudoartrose?
O tratamento pode incluir imobilização, uso de enxertos ósseos, estimulação elétrica ou cirurgia para estabilização com placas, parafusos ou hastes.
Como é feita a cirurgia de pseudoartrose?
A cirurgia visa remover tecidos não cicatrizados, corrigir instabilidades e promover a consolidação óssea com fixadores e, em alguns casos, enxertos ósseos autólogos.
Como curar pseudoartrose?
A cura depende de estabilização mecânica, ausência de infecção, estímulo à regeneração óssea e correção de fatores como má nutrição ou doenças que afetam a cicatrização.
Quem teve pseudoartrose pode voltar a andar normalmente?
Sim, com o tratamento adequado e reabilitação, a maioria dos pacientes retoma suas atividades com qualidade de vida e função preservada.
Como prevenir a pseudoartrose após uma fratura?
Seguir o tratamento indicado, evitar apoiar o membro afetado antes da hora, manter boa nutrição, parar de fumar e tratar doenças associadas como diabetes e osteoporose.
É possível viver com pseudoartrose?
Em alguns casos leves, é possível conviver com a condição sem dor intensa. No entanto, a falta de tratamento pode levar à limitação funcional e piora progressiva.
O que acontece se não tratar pseudoartrose?
A fratura pode nunca cicatrizar, levando à dor crônica, perda de mobilidade, deformidades e sobrecarga de outras articulações.
O tipo de fratura influencia no risco de pseudoartrose?
Sim. Fraturas expostas, múltiplas ou que ocorrem em ossos com pouca vascularização têm maior chance de não consolidar adequadamente.
Ortopedia e cirurgia da coluna em São Paulo | Dr. Fernando Flores
A pseudoartrose é uma condição complexa, mas que pode ser tratada com bons resultados quando diagnosticada precocemente e abordada com o tratamento adequado. Com o avanço das técnicas cirúrgicas e terapias regenerativas,
muitos pacientes conseguem recuperar a função do membro afetado e retomar sua rotina com qualidade de vida.
Se você passou por uma fratura e ainda sente dor, instabilidade ou dificuldade de recuperação,
vale a pena conversar com um especialista. O cuidado com os sinais do corpo pode fazer toda a diferença.
Será que sua fratura está realmente se consolidando como deveria?
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Dr. Fernando Flores, ortopedista com
especialização em Cirurgia da Coluna Vertebral
pela renomada
Fundação Faculdade de Medicina do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas - USP,
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