Como a lipomatose epidural pode afetar sua coluna
A coluna vertebral é uma estrutura vital que precisa de equilíbrio entre ossos, discos, nervos e tecidos moles. Quando esse equilíbrio é alterado, surgem condições que podem comprometer sua funcionalidade — como a lipomatose epidural. Apesar de pouco conhecida, essa condição pode causar sintomas relevantes, como dor lombar crônica e compressão dos nervos.
Neste artigo, você vai entender o que é a lipomatose epidural, quais são suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e os principais tratamentos.
Continue a leitura
para saber mais e proteger sua saúde vertebral.
O que é lipomatose epidural
A lipomatose epidural é uma condição em que há
acúmulo excessivo de gordura no espaço epidural da coluna — área localizada entre a membrana que protege a medula espinhal (dura-máter) e a parede óssea do canal vertebral. Quando esse tecido adiposo cresce além do normal,
pode comprimir estruturas nervosas importantes, provocando sintomas neurológicos.
É normal haver uma
pequena quantidade de gordura nessa região. O problema surge quando esse volume aumenta a ponto de
reduzir o espaço necessário para o funcionamento adequado dos nervos.
Causas mais comuns da lipomatose epidural
A lipomatose epidural não costuma ter uma única causa. Ela pode estar relacionada a diferentes fatores:
- Uso crônico
de corticosteroides, geralmente em tratamentos para doenças inflamatórias ou autoimunes.
- Obesidade, que contribui para o aumento generalizado de gordura, inclusive na região da coluna.
- Síndrome de Cushing, caracterizada pelo excesso de cortisol no organismo.
- Cirurgias prévias na coluna, que podem estimular o crescimento anormal de tecido adiposo na região operada.
- Causa idiopática, ou seja, sem motivo claro, principalmente em pessoas sem histórico de risco aparente.
De acordo com estudos,
até 55%
dos pacientes com lipomatose epidural também apresentam obesidade.
Sintomas da lipomatose epidural
Os sintomas variam conforme a extensão da compressão das estruturas nervosas. Entre os principais sinais, estão:
- Dor lombar ou torácica constante
- Sensação de formigamento ou dormência nos membros
- Fraqueza progressiva nas pernas ou nos braços
- Dificuldade para caminhar longas distâncias
- Dor que piora ao caminhar e melhora com repouso (claudicação neurogênica)
- Em casos mais graves, alterações na urina ou evacuação
Como esses sintomas
podem se confundir com outras doenças da coluna, o diagnóstico correto é essencial.
Como é feito o diagnóstico da lipomatose epidural
O diagnóstico começa com avaliação clínica, incluindo testes neurológicos e posturais. Depois, são solicitados exames de imagem:
Ressonância magnética (RM): é o principal exame para visualizar o acúmulo de gordura e avaliar o grau de compressão no canal medular.
Tomografia computadorizada (TC):
útil como complemento, principalmente na avaliação de alterações ósseas.
Avaliação neurológica: investiga força, reflexos e sensibilidade.
Um achado típico na RM é a
compressão concêntrica do saco dural — um indicativo clássico de lipomatose epidural.
Diferenças entre lipomatose epidural e outras doenças da coluna
Embora os sintomas possam ser semelhantes, algumas características ajudam a diferenciar a lipomatose epidural de outras condições, como
hérnia ou
estenose:
- Evolução progressiva, especialmente em pessoas com obesidade ou uso crônico de esteroides
- Presença de gordura epidural excessiva visível na ressonância
- Ausência de degeneração discal como causa principal
Esses detalhes reforçam a importância de um diagnóstico preciso para definir a melhor abordagem de tratamento.
Tratamentos para lipomatose epidural
O tratamento varia de acordo com a
intensidade
dos sintomas e a
causa
identificada. Em muitos casos, a abordagem conservadora é suficiente.
Tratamento clínico
- Redução de peso, especialmente nos casos ligados à obesidade
- Ajuste ou suspensão do uso de corticosteroides, sempre com orientação médica
- Fisioterapia focada em fortalecimento muscular e alívio da dor
- Medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios, conforme necessidade
Tratamento cirúrgico
Indicado quando há
comprometimento
neurológico importante ou
falha
no tratamento conservador. As opções incluem:
Laminectomia descompressiva, que remove o excesso de gordura do canal vertebral
Cirurgias minimamente invasivas, disponíveis em centros especializados, com menor tempo de recuperação
Cerca de
85% dos pacientes submetidos à cirurgia apresentaram melhora significativa dos sintomas.
Prognóstico da lipomatose epidural
Casos leves ou moderados podem ser controlados com
mudanças no estilo de vida e acompanhamento clínico. Nos quadros mais severos, a cirurgia é eficaz, mas requer cuidados durante a recuperação
e controle contínuo para evitar a recorrência.
O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de recuperação sem sequelas.
Prevenção da lipomatose epidural
Nem todos os fatores de risco são evitáveis, mas
alguns hábitos ajudam a reduzir as chances de desenvolver lipomatose epidural:
- Manter o peso sob controle, com alimentação equilibrada e exercícios
- Evitar uso prolongado de corticosteroides, salvo quando estritamente necessário
- Acompanhar doenças hormonais, como a síndrome de Cushing
- Ficar atento a dores persistentes na coluna
- Buscar orientação médica ao primeiro sinal de alteração neurológica
Prevenção e atenção aos sinais do corpo são sempre os melhores aliados da saúde da coluna.
Dúvidas frequentes sobre a Lipomatose Epidural
O que é lipomatose epidural?
É o acúmulo anormal de gordura no espaço epidural da coluna, que pode comprimir a medula espinhal ou raízes nervosas, causando dor, fraqueza e outros sintomas neurológicos.
Quais são as principais causas da lipomatose epidural?
Os fatores mais comuns incluem obesidade, uso prolongado de corticosteroides, síndrome de Cushing, cirurgias prévias na coluna e, em alguns casos, causas desconhecidas (idiopáticas).
Quais são os sinais de lipomatose epidural?
Os principais sintomas incluem dor lombar ou torácica, dormência, formigamento, fraqueza muscular e dificuldade para caminhar. Em casos mais graves, pode haver alterações urinárias e intestinais.
A lipomatose epidural pode ser confundida com hérnia de disco?
Sim. Os sintomas são semelhantes, mas a lipomatose epidural tem causas e características distintas, sendo essencial o exame por imagem para diferenciação.
Qual o tratamento para lipomatose epidural?
O tratamento depende da gravidade. Casos leves podem ser tratados com perda de peso, ajuste de medicamentos e fisioterapia. Casos graves podem exigir cirurgia para descompressão da medula.
A lipomatose epidural tem cura?
Não há uma “cura” definitiva, mas a condição pode ser controlada. Mudanças no estilo de vida, tratamento das causas e, quando necessário, cirurgia, oferecem bons resultados.
Como prevenir a lipomatose epidural?
Manter um peso saudável, evitar o uso prolongado de corticosteroides, tratar alterações hormonais e fazer acompanhamento médico diante de dores persistentes na coluna são medidas preventivas importantes.
A gordura epidural normal pode virar lipomatose com o tempo?
Sim. Todo indivíduo possui gordura epidural, mas fatores como obesidade ou desequilíbrios hormonais podem levar ao crescimento exagerado e patológico desse tecido.
A lipomatose epidural pode afetar mais de um nível da coluna?
Sim. Embora mais comum em níveis isolados, ela pode acometer múltiplas vértebras, especialmente na região toracolombar.
Ortopedia e cirurgia da coluna em São Paulo | Dr. Fernando Flores
A lipomatose epidural é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida, especialmente quando associada a compressão da medula espinhal ou dos nervos. Embora rara, ela merece atenção, diagnóstico correto e tratamento individualizado. Mudanças no estilo de vida, exames adequados e acompanhamento médico especializado são fundamentais para evitar complicações.
Se você apresenta
dor nas costas persistente ou sintomas neurológicos sem causa aparente, pode ser hora de considerar a possibilidade de lipomatose epidural. Procure um médico especialista e descubra o que fazer a respeito.
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