Como identificar e tratar compressão nervosa na coluna

Fernando Flores • September 16, 2025

A compressão nervosa na coluna é uma condição que pode comprometer a mobilidade, a sensibilidade e a qualidade de vida, dependendo da gravidade e da região afetada. Essa compressão pode ter diferentes causas e manifestar sintomas variados, desde dores localizadas até irradiação para braços ou pernas. 


Neste artigo, vamos explicar o que é a compressão nervosa, como reconhecê-la, os exames utilizados para o diagnóstico e as principais opções de tratamento.
Continue a leitura e saiba como agir diante dos primeiros sinais desse problema.


O que é compressão nervosa?


A compressão nervosa acontece quando
um nervo é pressionado por estruturas da coluna, como vértebras, discos intervertebrais, ligamentos ou formações anormais, como osteófitos (esporões ósseos). Essa pressão prejudica a transmissão dos sinais entre o cérebro e o restante do corpo, podendo causar dor, fraqueza muscular, formigamento ou perda de sensibilidade.


Segundo estudos, a compressão de raízes nervosas é uma das causas mais comuns de dor nas costas e dor irradiada para os braços ou pernas.


Quais as causas mais comuns da compressão nervosa?


A compressão nervosa pode surgir por diferentes condições, entre as principais estão:


O deslocamento do núcleo do disco intervertebral pode comprimir diretamente um nervo, gerando dor e alterações neurológicas.


O estreitamento do espaço dentro da coluna reduz o espaço disponível para a passagem dos nervos e da medula.


O desgaste das articulações da coluna favorece o crescimento de osteófitos, que podem pressionar as raízes nervosas.


Fraturas causadas por traumas ou osteoporose podem desalojar fragmentos ósseos que comprimem estruturas nervosas.


  • Tumores

Tumores benignos ou malignos próximos à coluna podem invadir o espaço neural e comprimir nervos ou a medula espinhal.


  • Processos inflamatórios

Inflamações crônicas ao redor da coluna também podem contribuir para a compressão de raízes nervosas.


Quais os principais sintomas da compressão nervosa?


Os sintomas dependem da localização da compressão e do nervo envolvido. Entre os sinais mais frequentes, destacam-se:


  • Dor localizada ou irradiada para braços ou pernas
  • Formigamento ou dormência em áreas específicas
  • Fraqueza muscular
  • Sensação de queimação ou choques elétricos
  • Dificuldade de coordenação motora
  • Alterações no controle da bexiga ou do intestino, em casos mais graves


Identificar esses sinais precocemente é fundamental
para evitar complicações mais sérias. A intervenção precoce pode reduzir o risco de danos neurológicos permanentes, principalmente quando há compressão prolongada dos nervos.


Como identificar a compressão nervosa na coluna?


Reconhecer a compressão nervosa na coluna envolve uma
avaliação criteriosa dos sintomas e a realização de exames físicos e de imagem.


Durante a consulta, o médico observa áreas específicas de dor e irradiação; realiza testes de força muscular e reflexos; e observa mudanças na sensibilidade da pele.


Essas informações ajudam a
direcionar o diagnóstico, mas a confirmação depende de exames complementares.


Quais são os exames utilizados no diagnóstico da compressão nervosa?


Para entender a origem e a gravidade da compressão nervosa, alguns exames são fundamentais:


Radiografia:
auxilia na identificação de alterações ósseas, como fraturas ou desgaste das articulações.


Ressonância magnética:
é o exame mais indicado para visualizar os discos intervertebrais, raízes nervosas e tecidos ao redor.


Tomografia computadorizada:
oferece detalhes sobre lesões ósseas e o grau de estreitamento do canal vertebral.


Eletroneuromiografia (ENMG):
avalia a função elétrica dos nervos e mede a extensão da compressão.


A
combinação de avaliação clínica e exames de imagem é a melhor estratégia para garantir um diagnóstico preciso.


Tratamento para compressão nervosa


O tratamento da compressão nervosa é sempre
personalizado, levando em consideração a causa do problema, a intensidade dos sintomas e a resposta inicial às abordagens conservadoras.


Tratamento conservador


Nos casos mais
leves ou moderados, o tratamento costuma envolver:


Fisioterapia através de programas que trabalham
fortalecimento muscular, melhora da flexibilidade e correção postural.


Medicamentos com o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares para
aliviar a dor e reduzir a inflamação.


E ainda infiltrações, ou seja, realizando aplicação de medicamentos anti-inflamatórios no local da compressão para
alívio rápido dos sintomas.


Tratamento cirúrgico


A cirurgia é considerada quando:


  • O tratamento conservador não proporciona melhora após semanas ou meses.
  • Há sinais de piora neurológica, como perda de força muscular.
  • A compressão é severa e ameaça a função dos nervos.


As principais técnicas cirúrgicas são:


  1. Discectomia: remoção da parte do disco intervertebral que está pressionando o nervo.
  2. Laminectomia: remoção de parte da vértebra para aumentar o espaço dentro do canal vertebral.
  3. Artrodese: fusão de vértebras para estabilizar a coluna em casos de instabilidade associada.


Segundo estudos, as
cirurgias minimamente invasivas da coluna têm ganhado espaço por proporcionarem recuperação mais rápida e menor risco de complicações.


Assista ao vídeo:



Fatores que influenciam o sucesso do tratamento


Alguns pontos são determinantes para o sucesso no tratamento da compressão nervosa:


  • Iniciar o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas
  • Manter o peso corporal adequado para diminuir a sobrecarga na coluna
  • Cumprir corretamente o programa de fisioterapia de reabilitação
  • Seguir as orientações médicas de forma contínua


Pacientes que adotam um
estilo de vida saudável e seguem o tratamento de forma consistente costumam apresentar melhores resultados e menor risco de recorrência do problema.


Dúvidas frequentes sobre Compressão nervosa na coluna


  • O que é compressão nervosa na coluna?

    É a pressão anormal de estruturas da coluna, como discos, ossos ou ligamentos, sobre os nervos, provocando dor, fraqueza, formigamento ou dormência nos braços ou pernas.

  • O que causa compressão nos nervos?

    A compressão nos nervos pode ser causada por hérnias de disco, estenose do canal vertebral, artrose, fraturas, tumores ou processos inflamatórios que pressionam as raízes nervosas.


  • O que acontece quando a coluna comprime o nervo?

    Quando a coluna comprime o nervo, há interrupção parcial ou total da condução dos sinais nervosos, o que provoca dor, formigamento, fraqueza muscular e perda de sensibilidade.


  • Quais são os sintomas de compressão nervosa na coluna?

    Os sintomas mais comuns são dor irradiada, formigamento, perda de força muscular e sensação de queimação.


  • Quais são os sintomas de uma compressão nervosa grave?

    Em casos graves, a compressão pode gerar perda significativa de força, formigamento intenso, dores fortes e alterações no controle da bexiga ou intestino.


  • Como saber se tenho compressão nervosa?

    A suspeita surge a partir de sintomas como dor irradiada, dormência ou fraqueza, sendo confirmada por avaliação médica, exame físico e exames de imagem como ressonância magnética.

  • Quais os riscos de não tratar a compressão nervosa?

    Sem tratamento adequado, a compressão pode piorar, levando a danos neurológicos permanentes, perda de força, alterações sensoriais e limitação funcional.


  • Como descomprimir os nervos da coluna?

    O tratamento pode incluir fisioterapia, fortalecimento muscular, uso de anti-inflamatórios, infiltrações e, em casos severos, procedimentos cirúrgicos para aliviar a pressão.

  • Como curar compressão nervosa?

    A cura depende da causa e gravidade. Muitos casos melhoram com tratamento conservador; cirurgias são indicadas apenas quando há compressões severas ou comprometimento neurológico progressivo.

  • Compressão nervosa pode afetar mais de um nervo ao mesmo tempo?

    Sim. Em casos de estenose severa ou hérnias volumosas, é possível que mais de uma raiz nervosa seja comprimida simultaneamente, intensificando os sintomas.


  • Dor irradiada sempre indica compressão nervosa?

    Não necessariamente. Embora seja um sinal comum, outras condições, como inflamações musculares ou síndromes miofasciais, também podem causar dor irradiada.


  • Existem exercícios que devem ser evitados em caso de compressão nervosa?

    Sim. Exercícios de impacto, atividades de torção intensa e levantamento de peso inadequado podem agravar a compressão e piorar os sintomas.


  • O tipo de colchão pode influenciar na recuperação da compressão nervosa?

    Sim. Colchões muito macios ou deformados podem prejudicar o alinhamento da coluna e aumentar a pressão sobre os nervos, dificultando a recuperação.


  • A compressão nervosa pode ocorrer sem dor?

    Sim. Em estágios iniciais, pode haver apenas formigamento, fraqueza ou alterações sutis de sensibilidade, sem presença de dor intensa.

  • É possível conviver com uma compressão nervosa sem cirurgia?

    Sim. Muitos pacientes conseguem controlar os sintomas com fisioterapia, fortalecimento, mudanças de hábitos e acompanhamento médico contínuo.



Ortopedia e cirurgia da coluna em São Paulo | Dr. Fernando Flores


A compressão nervosa na coluna é uma condição que pode afetar intensamente a qualidade de vida, mas o
diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença na recuperação. Conhecer os sintomas, entender as causas e adotar medidas de prevenção são passos fundamentais para proteger a saúde da coluna.


Se você ou alguém próximo apresenta sinais de compressão nervosa,
busque avaliação médica especializada.

Você já sabia que pequenas mudanças no dia a dia podem ter grande impacto na saúde da sua coluna? O que você está disposto a fazer agora para melhorar? Deixe seu plano nos comentários.


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Dr. Fernando Flores, ortopedista com especialização em Cirurgia da Coluna Vertebral pela renomada Fundação Faculdade de Medicina do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas - USP, ele entrelaça excelência técnica e empatia, propondo um tratamento que não apenas visa a sua recuperação, mas também o seu bem-estar integral.


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